Meditacao e saúde
“ Aquele que pratica meditações claras
encontra rapidamente a felicidade em tudo o que e bom. Ele percebe que as
riquezas e a beleza sao impermanentes e que a sabedoria e a mais preciosa das
joias.” (Buda)
O termo Meditacao tem dois sentidos: o
primeiro, uma atitude de concentração intensa (dhyana), e o segundo, em relação
a pratica meditativa espiritual cujo objetivo e a união com a Ser Superior apos
estabelecer uma mente tranquila.
Segundo um relatório americanos
realizado por médicos, o Clinician’s Reference to Complementary &
Alternative Medicine, ate 80% dos problemas de saúde poderiam ser causados
ou agravados pelo estresse. A meditação poderia reduzir o estresse e suas
consequências danosas por intermédio de quatro mecanismos:
1. Tornando as pessoas mais
conscientes dos seus processos mentais e
da maneira nao adequada de reagirem aos acontecimentos estressantes;
2. Aumentando sua atenção em relação
as interferências a nível físico e afetivo, permitindo-lhes assim, nao se identificarem
com essas ultimas;
3. Atenuando a excitação do sistema
nervoso simpático e dos mecanismos que lhe sao associados, tais como taxas de
hormônios, agregação de plaquetas, pressão sanguínea, a bioquímica cerebral e o
fluxo sanguíneo no cérebro;
4. Fortalecendo a capacidade de
autocontrole, o que permite obter-se um melhor equilíbrio geral tanto ao nível
da mente quanto do corpo.
O Clinician’s classificou em duas categorias os problemas de
saúde para os quais a meditação seria particularmente indicada devido aos seus
efeitos fisiológicos comprovados (diminuição da frequência cardíaca, ritmo
respiratório e pressão arterial, equilíbrio em neurotransmissores)
1. uma boa terapia contra doenças do
pânico, ansiedade, depressão, abuso de drogas, dor crônica, colites;
2. terapia auxiliar contra hipertensão
arterial leve a moderada, prevenção de ateriosclerose, prevenção de crises
cardíacas, artrite, câncer, insônia, dores de cabeça.
A meditação não tem cunho religioso nem requer rituais ou a repetição de
complicadas palavras em sânscrito, língua indiana predominante em religiões
como o budismo e o hinduísmo. Basta se sentar e (não precisa ser na clássica
posição de lótus) e meditar, sem a necessidade de total isolamento. No chão ou
numa cadeira, num sítio bucólico ou numa movimentadíssima avenida, não importa.
O resultado é o mesmo, desde que, é claro, você se mantenha numa posição que
não force os ossos nem os músculos. Segundo especialistas, o corpo e a mente
entram num estado de relaxamento profundo que ajuda a eliminar o estresse.
"Ao permitir ao corpo esse descanso, a inteligência interna desperta e restaura
o que estiver em desequilíbrio", explica Schneider.
A meditação faz aumentar as ondas alfa no cérebro,
relacionadas ao relaxamento. Nesse estado, cai o consumo de oxigênio,
desaceleram-se os batimentos cardíacos e o metabolismo inteiro diminui. Em
outras palavras, o organismo gasta menos energia para funcionar. "Isso
representa um tremendo repouso", diz Cardoso. Sem contar que a prática
regular reduz o estado de alerta permanente e manda embora a ansiedade. "Depois de dois ou
três dias, já dá para sentir maior serenidade interior", garante Markus
Schuler, professor da Sociedade Internacional de Meditação Transcendental, em
São Paulo.
Meditar significaria, então, a cura de todos os males? Para o
acupunturista Norvan Martino Leite, de São Paulo, esse é um treinamento mental
que pode ajudar a debelar muitas doenças. "Não existe técnica
milagrosa", diz ele, que ensina um método meditativo chinês aos seus pacientes.
"A prática regular cria condições para resolver os problemas e, assim,
melhorar a saúde", afirma.
Na raiz de grande parte das doenças estaria o estresse, que, como se
sabe, dá maus frutos. "Ele aumenta o desequilíbrio de hormônios, como o
cortisol, que inflama as artérias. Isso causa hipertensão e pode resultar em
derrames e ataques cardíacos", resume Robert Schneider. A meditação
transcendental, utilizada no estudo, confirmou algo que os cientistas já
suspeitavam: ela contribui até para evitar o acúmulo de placas gordurosas nas
artérias do coração, a temida aterosclerose.
Há mais de 30 anos a Medicina estuda os benefícios dessa
prática milenar, seja para prevenir doenças, seja para tratá-las ou mesmo
servir de atalho para a cura. Além de ensinar nosso organismo a gastar menos
energia e dar um breque no efeito dominó do estresse, a meditação nos ajuda a
raciocinar melhor.
Segundo pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados
Unidos, a prática aumenta a atividade na região frontal do cérebro, responsável
pela concentração, abstração e atenção. Outros estudos também comprovaram que a
meditação retarda o envelhecimento, melhora a qualidade de vida de portadores
de doenças graves e auxilia na redução do consumo de cigarro, álcool e outras
drogas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela sua participacao. Namaste!